O Rapé 🍀
Os três grandes ensinamentos que a Medicina da Floresta me trouxe
Eu abro esse espaço para vir falar de mim. Pode te parecer egoísmo, mas pode acreditar, não existe nada mais humano do que falarmos de nós. E isso, não quer dizer que você não deva ter uma escuta ativa e amorosa. Mas compartilhar os profundos aprendizados da sua jornada, com certeza, ressoarão também em outras pessoas.
Eu me permiti participar de nova experiência. Eu abri espaço para a Medicina da Floresta, que me permitiu acessar lugares ainda mais profundos em mim mesma, ainda nessa matéria, ainda nessa existência.
O Rapé.
Eu me lembro o dia em que fechei a minha participação na cerimônia. Em um impulso quase que instintivo: fechei. Assim, menos de 5 minutos e tudo resolvido.
Depois, eu fui pensar sobre...“será?”
Procurei não estabelecer muitas imagens e associações ao encontro. Até porque eu realmente queria experimentar essa medicina de coração e peito aberto. Eu sabia que seria profundo – mas talvez não tivesse imaginado o quanto.
No dia do evento, um frio na barriga e tudo ocorrendo para dar errado. Até cartão de crédito esquecemos no supermercado. Um Deus nos acuda, confusão, babado e correria. “Cheguei, ufa!”
“Caramba...Cheguei.”
Entendi o lugar, o conceito. Um ambiente amoroso no pé do morro. Tudo era envolvido em um tom de pureza e leveza, como um abraço do vento. Todos estavam ali para um propósito comum: a Cura.
A entrada do Pajé e de seus acompanhantes foi um grito de silencio e respeito. Uma honra. Estar perto deles mexe com a sua energia. Suas palavras, seus gestos, seus olhares, pinturas, adornos, características tão únicas e tão vivas. É viver uma magia de perto. E permitir que ela aconteça só depende de você.
Eu não vou entrar em detalhes de como a cerimônia ocorreu e nem os detalhes mais corriqueiros dessa experiência. Como o próprio Pajé disse, a Medicina da Floresta vai agir em cada um da forma que cada um merece e precisa. Nossas experiências jamais serão as mesmas, por isso, o que vale é o que fica em cada um. O que o seu coração guardou.
Abrindo o coração
Foram três grandes ensinamentos sobre esse dia. Simples, diretos.
1. Tudo começa na Intenção.
Para quem não sabe onde ir, qualquer caminho serve. Eu acredito nisso, e essa experiência me provou que eu estava certa. Sem direção você não caminha, você rodopia. Comece determinando o seu dia, o seu amanhã, o seu ano. Aos poucos, você mesma vai abrir o caminho para novas portas se abrirem.
2. Ancestralidade e o Poder do seu Firmamento
Em todo o momento, durante o ritual, eu senti fortemente a presença da minha avó paterna. Certos momentos, até fisicamente eu a sentia perto, mas sempre em meus pensamentos. Como se fosse uma base sólida que sustenta o vento forte. Você o sente, mas há bases que não caem. São essas, nas bases mais sólidas, que mora o Poder do seu Firmamento.
Acreditar em si não é uma tarefa fácil, mas certamente, é a mais recompensadora que temos. Ter dimensão da sua potência te torna imparável. Saber o quanto você é capaz faz honrar sua existência de outra forma. Isso é Poder.
3. O Caos antecede a Luz
Essa talvez seja a principal e mais importante lição dessa experiência. O conceito eu já conhecia. Na teoria a gente já ouviu falar em quase tudo, rsrs. Mas viver aquilo ali na prática, de uma forma tão intensa e profunda, foi transformador.
Porque esse conceito se torna parte das suas bases sólidas, e com elas, você aprende a confiar ainda mais. Seu Poder aumenta, porque você sabe que aquilo, lá no fim, abre-se o espaço de um novo mundo pra você.
To be continued...
O efeito do Rapé encerra-se cerca de 1h depois, mas você sente que aquilo não termina ali. É uma mudança sutil, mas ao mesmo tempo, para sempre. Vivenciar novas experiências te trazem esse prazer: o de mudar, de transformar, de florescer.
Viver é único. E é por isso que eu acredito que merecemos viver a vida dos nossos sonhos.
Eu vou atrás de cada um dos meus. E desejo, com um profundo sentimento de encorajamento, que você vá atrás dos seus.
Grande beijos.
Com amor, Isa.

